sexta-feira, 30 de março de 2012

INCRIÇÕES PRORROGADAS!! WORKSHOPS GRATUITOS NO 4º FESTIVAL DE TEATRO DE RUA DE PORTO ALEGRE

As inscrições para os três workshops que serão oferecidos pela 4ª edição do Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre foram prorrogadas e estão abertas até o dia 04 de abril. Podem ser realizadas na Coordenação de Artes Cênicas (Av. Erico Verissimo, 307), das 9h às 11h30 e das 14h às 17h30.

Para este ano, os cursos tem como temática a “formação”, valorizando a diversidade cultural do país como uma realidade. Estão previstas na programação os workshops “Construção Cênica e Atuação em Espaços Urbanos”, que será ministrado por Chico Pelúcio, um dos fundadores do Grupo Galpão; “A Cinética do Invisível”, com Matteo Bonfitto, ator, diretor e pesquisador teatral e “A Investigação sobre a Dramaturgia da Dança dos Orixás”, direcionado a atores e bailarinos, ministrado por Augusto Omolú, do Odin Teatret da Dinamarca. Além dos três cursos, acontecerá a palestra “Cultura popular: a provocação de novos olhares na dramaturgia de rua”, com um dos maiores expoentes da dramaturgia brasileira na atualidade Luiz Alberto de Abreu.

INSCRIÇÕES
até 04 de abril
mediante a Entrega de Currículo e Carta de Intenção
Coordenação de Artes Cênicas
(Centro Municipal de Cultura, Av. Erico Veríssimo, 307 – Cep: 90160-181

O 4º Festival de Teatro de Rua acontece de 8 a 17 de abril. Confira a programação completa aqui

WORKSHOPS

“Construção cênica e atuação em espaços urbanos”
Com Chico Pelucio, ator, diretor, gestor cultural e um dos fundadores do Grupo Galpão.
De 09 a 12 de abril, das 18h às 22h. 30 vagas

O Workshop prevê uma participação de artistas locais, para realizar um cortejo dentro do 4° Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre. O trabalho é realizado a partir da observação da energia, da velocidade, da intensidade, do ritmo cotidianos da rua. É elaborado com os atores, intervenções que possam alterar esse estado natural chamando a atenção do transeunte pela quebra do esperado. Experimentar possibilidades de intervenção urbana, da performance à composições coreografadas e coletivas, do silêncio à coros de vozes poéticas e urbanas. Do chão às possibilidades da verticalização que a cidade pode oferecer. Os participantes junto a Chico Pelúcio conduzirão o cortejo de abertura do festival pelas ruas de Porto Alegre no dia 13 de abril as 19h20, na Rua da Praia/Esquina Democrática e Largo Glênio Perez.

Chico Pelúcio é ator, diretor e gestor cultural. Integrante do Grupo Galpão desde 1984 destaca-se como ator no espetáculo Álbum de Família, de Nelson Rodrigues, 1990, e na direção da montagem de Um Trem Chamado Desejo, 2000. Sua trajetória é marcada pela atuação como gestor cultural, principalmente à frente do Galpão Cine Horto e na presidência da Fundação Clóvis Salgado (Palácio das Artes). O encontro com o Galpão configura-se como um marco em sua carreira. A partir daí, participa de diversas montagens, em que o grupo desenvolve pesquisas de linguagem que passam pelo teatro de rua, pela commedia dell'arte e por textos de Nelson Rodrigues, William Shakespeare e Molière.

“A Cinética do Invisível”
Com Matteo Bonfitto, ator, diretor e pesquisador teatral.
De 08 a 09 de abril, das 10h às 16h. 30 vagas

O workshop “A cinética do invisível', ministrado por Matteo Bonfitto segue pela trilha aberta por Peter Brook e seus atores, em que o teatro se propõe a envolver o espectador em estados e espaços cênicos, nos quais os territórios das sensações e relações humanas do cotidiano se confundem com os espaços das vivências dramáticas como performação expressiva e representativa. Nessa caminhada, ao mesmo tempo exploratória e incorporadora, a arte teatral trabalha a cada espetáculo, as forças orgânicas à existência corporal, mental e espiritual do homem, remontando inclusive, às da ancestralidade no plano dos psiquismos e das projeções místicas, para chegar pela abdução estética ao que chama de cinética do invisível.

Matteo Bonfitto é ator, diretor, e pesquisador teatral. Cursou a Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo. Fez a graduação no DAMS - Departamento de Arte, Música e Espetáculo - da Università degli Studi di Bologna - Itália. É Mestre em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo ECA-USP, e Ph.D. pela Royal Holloway University of London - Inglaterra. Permaneceu de 2002 a 2006 na Europa com uma bolsa da Capes desenvolvendo uma pesquisa teórico-prática sobre o trabalho do ator no teatro de Peter Brook.

“A Investigação sobre a dramaturgia da dança dos orixás”
Para atores e bailarinos com Augusto Omolú – Odin Teatret (Dinamarca)
De 14 a 17 de abril, das 9h às 13h. 40 vagas

Augusto Omolu, um dos professores da ISTA (International School of Theatre Anthropology) e ator do Odin Teatret desde 2002, propõe um Workshop de investigação sobre a dramaturgia da dança dos Orixás (Candomblé brasileiro), com base nos princípios da antropologia teatral. O trabalho será focado na exploração das diferentes energias e no movimento que caracteriza o espírito de cada Orixá. Através de uma conexão mente-corpo, o workshop trabalha com a energia de resistência, a lógica interna do movimento, a coordenação de ritmo e precisão, a intensidade da unificação da imaginação com a dinâmica do corpo. O trabalho do ator é transformar a dança em teatro, sublinhando a diferença entre um corpo que se move e um corpo que é capaz de comunicar uma história. Como pode um mecânico movimento técnico ser transformado em um movimento orgânico? Qual é a diferença entre forma e / formação? Como podemos entrar na zona / extra ordinária, onde o invisível se torna visível, através do corpo humano?

Augusto Omolu nasceu em Salvador, Bahia e cresceu dentro do mundo religioso do candomblé, onde ele é Ogan (assistente de cerimonial). Começou a dançar em 1976 com o grupo Viva Bahia, dirigido por Emília Biancardi, e juntou-se a Castro Alves Ballet em 1981, onde participou de todas as produções da companhia e, muitas vezes como dançarino solo. Desde 1982 tem sido responsável por um curso de técnica Afro-Brasileira no Teatro Castro Alves. De 1983 a 1985 criou e dirigiu a Companhia Chama, trabalhando tanto como bailarino e coreógrafo. Augusto Omolu vem colaborando com a ISTA (International School of Theatre Anthropology) desde 1994 e desde 2002 ele vem trabalhando como ator na Odin Teatret, em espetáculos como: Andersens Dream, Great Cities under the Moon, Ur Hamlet, Ode to Progress. A sua performance solo, Oro de Otelo, vem acompanhado de percussão afro-brasileira e gravações de ópera, e é o resultado do encontro entre as raízes do Candomblé e técnica Odin Teatret.

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