terça-feira, 28 de junho de 2011

Sessão de muita classe, história, arte e cultura, por HELENA MELLO

Veja aqui um relato sobre a Sessão da Classe sobre a MEMÓRIA DO EFÊMERO.

Betha Medeiros, Newton Silva, Cibele Sastre, Alice Dubina Trusz,
Maria Luiza Martini e Nádia Weber Santos durante o evento















Sessão da classe recebe os convidados com vinho e café, o que em noites mais frias já é um aconchego. A abertura do último encontro ficou por conta da coordenadora Nádia Maria Weber Santos, doutora em História da UFRGS. A primeira a falar foi Alice Dubina Trusz, também doutora em história pela UFRGS. Ela mesclou em sua pesquisa teatro, cinema, história e jornalismo. Sua pesquisa foi sobre cinema como espetáculo entre 1896 e 1908. Foi aos jornais para resgatar a história de uma época em que o cinema era novidade e que precisava acontecer junto com outras atividades como o circo, o teatro, as feiras. E, por não haver como registrar isso por meio de imagens, os jornalistas descreviam tudo detalhadamente. O cinema aparecia junto com gêneros espetaculares, como as touradas. Ela explica que não era para imaginar um cinema como o de hoje. Ela se referia a um projetor chamado Lanterna Mágica que mostrava imagens fixas. Foram 30 anos destas experiências. “Uma espécie de Power point dos dias de hoje”, disse ela, arrancando risadas da plateia. Cheia, por sinal. Mais tarde, o cinema se sedentariza. Ocupa espaços teatrais em dias determinados até 1908 quando surgem as pequenas salas legitimadas como espaço de cinema, havendo uma regularização e chegando ao que conhecemos hoje.

Platéia do Sessão da Classe: MEMÓRIA DO EFÊMERO
ao fundo a diretora de Os Reis Vagabundos, Maria Helena Lopes



Betha Medeiros inicia a sua apresentação sobre sua pesquisa do espetáculo os Reis Vagabundos comentando as relações que levam a considerações sobre o teatro falado, que leva ao corpo do ator e ao corpo criador do sé
culo XXI. Ela também recorre aos jornais e conta que pouco era guardado do material dos espetáculos, que as fotos iam parar nos setores de divulgação da imprensa. Também não escapou de outra prática da comunicação: as entrevistas. Segundo ela, estas foram gerando uma polifonia, um imenso quebra-cabeça. Fiapo, o cenógrafo do espetáculo, lembrou que não conhecia a palavra clown e que eles faziam um trabalho de improvisação como mendigos, catadores de lixo nas ruas, mas que, um dia, a diretora Maria Helena Lopes chegou nos ensaios com os “narizes” e tudo mudou. Betha não esconde a admiração que tem pela diretora (que estava presente aquela noite). Ela reforça que se tratava de uma peça sem texto e que, no entanto, provocou fortes e inesquecíveis impressões. Projeta fotos do espetáculo e a música enche a sala, mostrando a importância daqueles registros resgatados pelo seu trabalho apaixonado.
A próxima a falar é Cibele Sastre. Ela reaparece com o seu ótimo título: Nada é sempre a mesma coisa. Cibele já não fala só da notação de movimento de Laban, mas de sua apropriação. Comenta o quanto o coreógrafo ajudou no registro e difusão da coreografia, criando estes códigos para compartilhar os movimentos do corpo. Mas Cibele não se contentou com isso. Em sua pesquisa, usou este código, que até então era uma tarefa de movimento, como motor de um processo, como um dispositivo, como ela mesmo disse. Seu Power point com as imagens não funcionou. Ainda bem. Mal sabe ela o quanto foi prazeroso vê-la levantar e usar o próprio corpo para explicar do que ela estava falando. Se sua fala ainda não tinha convencido alguém, não tenho dúvida de que aqueles movimentos perfeitos, aquela consciência corporal exata e ao mesmo tempo flexível, fizeram isso.
A próxima palestrante, doutora em história, Maria Luiza Martini começa falando, emocionada, da importância da história cultural ter dado espaço para esta mistura com a arte. Recorda sua professora Sandra Pesavento e sua batalha para este reconhecimento. Ela diz que, enquanto a história está sempre se esforçando para expressar como foi, a memória é fazer aparecer o efêmero da ficção. Fala das categorias sintáticas, ou seja: quem, como, quando, onde. Aos poucos, ela vai puxando lembranças sobre os espetáculos e reforça a ideia de que para que possamos lembrar é preciso compartilhar o passado, pois a memória não vem completa. São aparições e no movimento de aproximação, elas apresentam falhas. Segundo ela, é preciso aceitar “o caráter lacunar e não ter medo de ter estas visões”. Maria Luiza segue fazendo análises sobre estes registros e diz que para saber mais detalhes precisaria encontrar outro ator que também estivesse com ela. Ela enfatiza este caráter da troca e fala em “historiografar as emoções na arte e na memória, partindo do contexto evocativo.
Newton Pinto da Silva ficou por último. Ele comenta como chegou ao Acervo de 24 programas da TVE que apresentavam espetáculos teatrais e entrevistas com os atores de 1987-1990. Intercala sua fala com pequenos trechos destes. Assim, vemos Tangos e Tragédias, A mãe da miss e o pai do Punk, Ostal, entre outros. Ele não apenas resgatou este material, mas partiu para as relações com a historiografia, usando para isso, como ele sempre gosta de frisar, os conceitos de Michel de Certeau, entre outros importantes autores. Fez um trabalho profundo selecionando, editando, reagrupando as imagens. Ele revela parte do processo para chegar aqui, partindo da seguinte pergunta: “como deixar falar estes documentos?”. A partir disso, não sem muitas dúvidas a serem solucionadas, ele criou nove categorias e elaborou um painel da cena teatral do período, onde aparece a força da estética experimental, a variedade de repertório e o hibridismo de gêneros.
Mesmo que os convidados não soubessem o quanto suas pesquisas tinham em comum, a organização foi perspicaz na reunião dos palestrantes que, apesar de não poderem se aprofundar muito devido ao tempo, tornaram a noite extremamente interessante. Todas as falas provocaram o desejo de saber mais sobre os assuntos apresentados. Assim, acho que a proposta dessa Sessão de classe não só cumpriu o seu papel como foi além.

Helena Mello
Jornalista e mestre em artes cênicas PPGAC/UFRGS

Veja todas as postagens sobre esta edição do
Sessão da Classe:MEMÓRIA DA CENA AQUI

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Resultado do Edital de Ocupação dos Teatros Municipais 2011/2ºsemestre

TEATRO PARA PÚBLICO ADULTO:

1ª Temporada:Teatro Renascença – De 12 de agosto a 04 de setembro de 2011 – Sextas, 21h, Sábados, 21h e domingos às 20h. (04 semanas) - 12 apresentações.
sem ocupação

2ª Temporada: Teatro Renascença - De 14 a 30 de outubro de 2011 – Sextas, 21h, Sábados, 21h e domingos às 20h (03 semanas) - 09 apresentações.
A MULHER SEM PECADO

3ª Temporada: Teatro Renascença - De 25 de novembro a 04 de dezembro de 2011 – Sextas, 21h, Sábados, 21h e domingos às 20h (02 semanas) - 06 apresentações.
AS DUAS PRIMEIRAS BATIDAS DE MOLIÈRE

4ª Temporada: Teatro de Câmara Tulio Piva – De 05 a 28 de agosto de 2011 – Sextas, 21h, Sábados, 21h e domingos às 20h (04 semanas) - 12 apresentações.
MUITO FRICOTE PARA POUCO DOTE

5ª Temporada: Teatro de Câmara Tulio Piva - De 14 de outubro a 13 de novembro de 2011 – Sextas, 21h, Sábados, 21h e domingos às 20h (05 semanas) -15 apresentações.
DOIS DE PAUS

6ª Temporada: Sala Álvaro Moreyra – De 12 a 28 de agosto de 2011 – sextas e sábados às 21h e domingos às 20h. (03 semanas)- 09 apresentações.
sem ocupação

7ª Temporada: Sala Álvaro Moreyra - De 14 de outubro a 13 de novembro de 2011 – Sextas, sábados, 21h e domingos às 20h (05 semanas)- 15 apresentações.
O FANTÁSTICO CIRCO-TEATRO DE UM HOMEM SÓ


TEATRO PARA PÚBLICO INFANTIL:

1ª Temporada: Teatro Renascença – De 20 de agosto a 04 de setembro de 2011 – Sábados e domingos às 16h (03 semanas)-06 apresentações.
PIMENTA DO REINO EM PÓ

2ª Temporada: Teatro Renascença - De 08 a 30 de outubro de 2011 – Sábados e domingos às 16h (04 semanas)-08 apresentações.
PIRATAS

3ª Temporada: Teatro de Câmara Tulio Piva - De 13 a 28 de agosto de 2011 – Sábados e domingos às 16h (03 semanas)-06 apresentações.
OPERETA PÉ DE PILÃO

4ª Temporada: Teatro de Câmara Tulio Piva - De 08 de outubro a 13 de novembro de 2011 – Sábados e domingos às 16h (06 semanas)-12 apresentações.
PITOCANDO

5ª Temporada: Sala Álvaro Moreyra - De 06 a 28 de agosto de 2011 – Sábados e domingos às 16h (04 semanas)-08 apresentações.
A PRINCESA ENGASGADA

6ª Temporada: Sala Álvaro Moreyra - De 08 de outubro a 13 de novembro de 2011- Sábados e domingos às 16h (06 semanas)-12 apresentações.
O BAÚ - LEMBRANÇAS E BRINCANÇAS

NOVAS CARAS:

1ªTemporada: Dias 03, 10, 17,24 e 31 de agosto de 2011.
APENAS O FIM DO MUNDO

2ªTemporada: Dias 28 de setembro, 5,19 e 26 de outubro de 2011.
PEQUENOS FATOS - A VIDA REAL PODE SER FANTÁSTICA

3ª Temporada: Dias 02, 09, 16 e 23 de novembro de 2011.
FILOCTETES

4ª Temporada: Dias 30 de novembro, 7,14 e 21 de dezembro de 2011.
UMA FADA NO FREEZER

TEATRO ABERTO:

1ª Temporada: Dias 2, 9,16,23 e 30 de agosto de 2011.
CINZAS ÀS CINZAS

2ª Temporada: Dias 18 e 25 de outubro e 1 e 8 de novembro de 2011.
OS BONS VÃO PARA O CÉU

3ª Temporada: Dias 15,22 e 29 de novembro e 6 de dezembro 2011.
OCO

DANÇA:

1ª Temporada: Teatro Renascença – Dias 05, 06 e 07 de agosto de 2011 (sexta feira e sábado, 21h, domingo, 20h).
DE UM A CINCO e TÃO LONGE, TÃO PERTO, TÃO PERTO,TÃO

2ª Temporada: Teatro Renascença – Dias 30 e 31 de agosto e 1 de setembro de 2011 ( terça, quarta e quinta feira às 21h).
MI PUERTO ALEGRE QUERIDO

3ª Temporada: Teatro Renascença – Dia 27 de setembro de 2011 (terça feira às 21h).
sem ocupação

4ª Temporada: Teatro Renascença – Dia 20 de outubro de 2011. (Quinta-feira, 21h).
DE:PARA

5ª Temporada: Teatro Renascença – Dias 04,05 e 06 de novembro de 2011 (sexta feira e sábado, 21h, domingo, 20h).
EROS E PSIQUÊ

6ª Temporada: Teatro de Câmara Túlio Piva – Dias 30 de setembro e 01 e 02 de outubro de 2011(sexta feira e sábado, 21h, domingo, 20h).
DESCONTRÁRIOS

7ª Temporada: Teatro de Câmara Túlio Piva – Dias 02, 03 e 04 de dezembro de 2011 (sexta feira e sábado, 21h, domingo, 20h).
À SALA

8ª Temporada: Sala Álvaro Moreyra – Dias 02, 03 e 04 de setembro de 2011. (Sexta e sábado, 21h e domingo às 20h).
sem ocupação


sexta-feira, 24 de junho de 2011

OFICINAS COM IRENE BRIETZKE E MARIA HELENA LOPES

INSCRIÇÕES:
de 04 a 07 de julho
Através de entrega de carta de intenção e currículo resumido
(no máximo 1 página)
na Coordenação de Artes Cênicas
(av. Érico Veríssimo, nº307)

Divulgação selecionados: dia 09 de julho, neste blog.

Os Reis Vagabundos
AS REGRAS DO JOGO: O DELICADO EQUILÍBRIO DA CONTRACENAÇÃO
Com Maria Helena Lopes
De 11 a 22 de julho
De segunda à sexta,
das 18h30 às 21h30,
na sala Álvaro Moreyra

Maria Helena Lopes
Formou, no início dos anos 80, o Grupo TEAR, com o qual montou diversos espetáculos premiados entre os quais Os Reis Vagabundos, Crônica de uma cidade pequena e Império da Cobiça. Seu processo de encenação caracteriza-se pela criação através de improvisações com os atores. Recebeu também diversos prêmios de Melhor Direção. Foi professora de interpretação, improvisação e expressão corporal no Departamento de Arte Dramática/UFRGS entre 1967 e 1994. Estudou na Escola de Jacques Lecoq, tendo como professores Philippe Gaulier e Monika Pagneux.

Irene Brietzke na leitura de Sexta feira das paixões
durante a semana Ivo Bender
O ATOR VERSÁTIL
Com Irene Brietzke
De 11 a 22 de julho
De segunda à sexta,
das 9h30 às 12h30,
na sala Álvaro Moreyra

Irene Brietzke
Diretora formada pelo DAD/UFRGS, onde foi por anos professora de Direção e Interpretação Teatral. Em 1979 fundou o grupo TEATRO VIVO com o qual fez vários espetáculos premiados, além de receber prêmios individuais pelo seu trabalho como diretora e atriz. Destacam-se as encenações de textos de Brecht como O casamento do pequeno burguês, Mahagonny, mas também de outros autores: Peer Gynt, de Ibsen e Frankie, Frankie, Frankenstein, com texto de sua autoria.Por sua contribuição ao Teatro ganhou também os Prêmios Qorpo Santo e Joaquim Felizardo, entre outros.

Realização
FUNARTE / MINC
Governo Federal

Secretaria Municipal da Cultura
Prefeitura de Porto Alegre

terça-feira, 21 de junho de 2011

ARRUMANDO A CASA - homologação

Concurso nº8/2011

HOMOLOGADOS:
Projeto: Terreira da Tribo - Iluminando a casa.
Proponente: Terreira da tribo Produções artísticas LTDA.

Projeto: Casa de Teatro de Porto Alegre.
Proponente: Casa de Teatro de Porto Alegre LTDA

Projeto: Arrumando a Casa.
Proponente: Raquel E. Grabauska Produções.

Projeto: Teatro Novo DC – 10 Anos de Aplausos.
Proponente: Teatro Novo Produções e Promoções Sociedade Simples LTDA.

Projeto:Espaço Livre – Arte & Movimento.
Proponente: Circo Híbrido- Arte em Movimento LTDA.

Projeto: Meme Santo de Casa Estação Cultural Arrumando a Casa.
Proponente: MEME Centro Experimental do Movimento LTDA

NÃO HOMOLOGADOS:
Projeto: Espaço de Artes MACKTUB
Proponente: Norma Said Said.
Não Homologado - Falta escritura ou contrato de locação do imóvel autenticada. Faltam orçamentos. Falta Currículo do grupo, com comprovação documental do reconhecimento de seus espetáculos pela crítica, pelo público ou premiações.

Projeto: Deixando o Ferrinho nos trilhos.
Proponente - Caroline Faleiro da Silva
Não homologado - Projeto infringe artigo 2.1 do edital. Falta cópia de escritura ou do contrato de locação do imóvel autenticada; faltam orçamentos.

Projeto: Tepa 15 anos- um espaço de formação, pesquisa e produção.
Proponente: Teatro Escola de Porto Alegre LTDA
Não Homologado - Contrato de locação não autenticado.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sessão da Classe apresenta Memória do Efêmero por Raquel Pilger




Porto Alegre conta com aproximadamente 45 salas de espetáculos que abrigam, a cada ano, mais de uma centena de espetáculos de teatro, dança e eventos. Na cidade acontecem anualmente festivais de teatro, dança, teatro de rua e de bonecos. Existe um programa de descentralização da cultura. Há uma faculdade de dança, uma de teatro e um programa de pós-graduação em Artes Cênicas. Duas escolas formadoras de atores, centenas de escolas de dança e uma infinidade de oficinas e cursos para a formação de artistas e técnicos.
A Secretaria Municipal de Cultura publica o Anuário de Artes Cênicas. Na Casa de Cultura Mário Quintana existe o Espaço de Memória do Ator Gaúcho e, no Teatro de Arena, o Espaço Sonia Duro – Centro de Documentação e Pesquisa em Artes Cênicas, ambos sob a guarda do governo estadual. Nas últimas décadas, pode-se verificar o aumento de publicações acerca de processos de criação e de história de grupos locais. E há, ainda, nos diversos programas de pós-graduação das universidades de Porto Alegre, pessoas pesquisando sobre o teatro e a dança produzidos aqui. Diante dessa realidade propomos algumas provocações: como essa produção artística permanecerá na memória? Como se relacionam os diversos agentes produtores e receptores desses bens culturais? Quais os conhecimentos que daí resultam? Há nos artistas a preocupação de preservar a história de sua experiência artística? Como essa história se situa na constituição da identidade cultural da cidade? Há muito pano pra manga...

Raquel Pilger
Atriz, especialista em Artes Cênicas e co-organizadora do Memória do Efêmero

Veja a programação completa do
Sessão da Classe | MEMÓRIA DO EFÊMERO
É só clicar AQUI para acessar a postagem com toda a programação do dia 16 de junho.

Sessão da Classe apresenta Memória do Efêmero por Cibele Sastre

"Ele [Laban] defendia a idéia de que os fundamentos de uma cultura se jogam nas relações particulares entre uma determinada gestão do peso e os valores de expressividade, através dos fluxos e dos tratamentos do espaço e do tempo. A impossibilidade de nossa organização lingüística de abarcar o sentido profundo do movimento levou-o à aventura do seu sistema de notação, que não se apóia numa metáfora lingüística, e sim numa representação pictográfica que responde, analogicamente, aos estados do corpo ainda não projetados na esfera da interpretação lingüística. "
Hubert Godard, no artigo "Gesto e Percepção" do livro Lições de Dança 3 (UniverCidade do Rio de Janeiro)


Neste encontro pretendo abordar de forma sintética, a memória na dança para quem faz dança. Especificamente, a busca pelo registro de uma manifestação que se dá no corpo, mas que estabeleceu, por muito tempo, uma relação direta com a música. Lembra-se de uma dança quando se escuta sua música. Som e imagem, espaço e tempo são processados em esquemas corporais de memória cinestésica para o dançarino e eventualmente para o coreógrafo. No momento em que a dança rompe esta relação de dependência na modernidade, faz-se necessário pensar com mais precisão e detalhe em modos de registro e relato do movimento dançado. Criar um sistema de notação para o movimento, de descrição dos diferentes aspectos que compõem o movimento e sua singularidade e tornar esse uma referência universal foi uma das buscas de Rudolf Laban, bailarino, coreógrafo e arquiteto áustro-húngaro que apresentou seu sistema de notação de movimento ao mundo no início do século XX. A kinetografia Laban, mais tarde conhecida como Labanotação, foi uma das mais bem sucedidas propostas de notação de movimento naquele momento da história, tornando possível uma relação do dançarino com o movimento de maneira muito peculiar. Uma ‘alfabetização’ do movimento pode ser feita através da leitura dos símbolos que compõem uma representação dos conceitos de espaço e corpo, com suas dinâmicas temporais e fraseamentos. Isso teve um impacto significativo para a cena de então, desdobrando-se pela Europa e Estados Unidos e atualmente sendo revisitada nos ambientes acadêmicos de dança de todo o mundo. Assim como na música, uma partitura de símbolos passou a escrever os passos da dança aprimorando seus processos de aprendizado e difusão. Notações decorrentes como a Notação por Motivos foram sendo utilizados em salas de aula e em processos de criação. Um grande esquema de analogias se constrói sobre esta ideia inicial de registro de movimento. Os aspectos positivos e outros nem tanto da formulação de Laban, bem como as decorrências desta proposta para Labanalistas em movimento, atualizando e ampliando essa discussão serão pontos de partida para o debate, que tomam como base a pesquisa desenvolvida no mestrado em Artes Cênicas do PPGAC da UFRGS na linha de pesquisa de processos de criação cênica: Nada é sempre a mesma coisa: um motivo em desdobramento através da Labanálise.

Cibele Sastre

Bailarina, Coreógrafa, Professora, Mestre em Artes Cênicas PPGAC/UFRGS e Analista de movimento Laban (CMA)
“A política e a arte, tanto quanto os saberes, constróem “ficções”, isto é, rearranjos materiais dos signos e das imagens, das relações entre o que se vê e o que se diz, entre o que se faz e o que se pode fazer.”
Jacques Ranciére, no livro A partilha do Sensível


Para ver a dissertação completa veja AQUI.

Veja a programação completa do
Sessão da Classe | MEMÓRIA DO EFÊMERO
É só clicar AQUI para acessar a postagem com toda a programação do dia 16 de junho.

Inscrições Homologadas! Ocupação dos Teatros Municipais

2ºsemestre 20011

TEATRO
Inscrições homologadas:
Isaias em Tese
Mosketeiras
O Fantástico Circo-Teatro de um homems só
Cinco Tempos para a Morte
Hotel Fuck
A Mulher sem Pecado
O Sobrado
As Duas Batidas de Moliere
Sem Açúcar
Projeto: O Primeiro Amor
O Animal Agonizante
O Exercício sobre a cegueira
Sobres Saltos de Scarpin
Como emagrecer fazendo sexo
Roda Gigante
Dois de Paus
Muito fricote para pouco dote
Não Homologada:
Coisarada

TEATRO INFANTIL
Inscrições homologadas:
A princesa engasgada
Arca de Noé
Bobos
Cãofusão
No reino de Ga-ú-tcho: A Princesa Juh Juh e a maldição da Salamanca
O Baú: Lembranças e Brincanças
Opereta Pé de Pilão
Pimenta do Reino em pó
Piratas
Pitocando
Pum – Histórias mal-cheirosas

Não homologada:
A Caravana da Alegria

DANÇA
Inscrições homologadas:
De um a cinco/Tão longe tão perto
De: Para:
Eros e Psique
Mi puerto querido
Não homologadas:
Descontrários /Ivan Motta
Descontrários / Luciana Ibarra
Gestos e Restos

NOVAS CARAS
Inscrições homologadas:
Desde que...
Filoctetes
Pequenos fatos – a vida real pode ser fantástica
Quem tem medo de Virgínia Wolf?
Uma fada no freezer
Não homologada:
Apenas o fim do mundo

TEATRO ABERTO
Inscrições homologadas:
Cinzas às cinzas
Eta, Preguiça!
Oco
Os bons vão para o céu
Para acabar com o julgamento de deus
Não homologada:
Apenas o fim do mundo


sexta-feira, 10 de junho de 2011

SESSÃO DA CLASSE apresenta MEMÓRIA DO EFÊMERO: a cena e o espaço

O papel do teatro na dinâmica da construção social do cinema como espetáculo entre 1896 e 1908.

A partir deste título, pretendo abordar no encontro História e Artes Cênicas: memória do efêmero dois aspectos de uma pesquisa mais extensa, que desenvolvi como tese de doutorado em História. O seu objetivo central foi compreender como se constituíram o espetáculo cinematográfico e o público de cinema em Porto Alegre. Estamos falando de um processo cuja primeira fase se desenvolveu entre 1896 e 1908. Pretensioso? Sim. Mas inacessível não. Outra potencialidade: era e é um projeto discutível, mas no melhor sentido da palavra. Pois é essa a contribuição que pretendo trazer ao debate: o relato de uma experiência de pesquisa histórica sobre um processo cultural verificado na virada do século XIX para o XX, num contexto em que não havia rádio ou televisão, sendo a imprensa diária o veículo hegemônico de comunicação, informação e formação da opinião pública. O cinema foi apresentado aos porto-alegrenses em 1896 como uma invenção técnica que permitia a projeção de um novo gênero de imagens, as “vistas animadas”. Ele era então uma atração sem futuro definido. E por isso mesmo foram múltiplas e simultâneas as possibilidades de sua exploração para fins de entretenimento, embora a sua oferta tenha sido marcada pela descontinuidade e pela fragmentação até 1908. Os interessados, que se multiplicaram e qualificaram a sua experiência como espectadores ao longo dos anos, na medida que estreitaram o seu contato com as projeções cinematográficas, podiam assisti-las nos teatros, nas salas especializadas ou mesmo ao ar livre. Os espetáculos podiam ser exclusivamente de projeções ou contar com outras atrações, de outros gêneros de diversões. Imperava a diversidade, a necessidade de constante atualização e reconfiguração dos programas, de modo a torná-los atrativos a um público em formação num contexto de grande concorrência. A heterogeneidade da exibição também facultou um acesso socialmente diversificado do público ao cinema e possibilitou uma grande variedade nas formas de sua apropriação pelos espectadores, conferindo uma dinâmica ímpar ao processo de afirmação do cinema como nova prática cultural. Ou seja, o cinema não surgiu como um gênero espetacular acabado. Ele tampouco foi uma prática inédita enquanto espetáculo de projeções, considerando-se que foi precedido de outra tradição espetacular, que proporcionou aos porto-alegrenses uma experiência de três décadas como espectadores de projeções públicas e pagas antes do seu surgimento. O cinema representou continuidade e ruptura em relação à tradição que o precedeu, aos modos de representação e percepção visual e às práticas espetaculares que lhe foram contemporâneos. Ao longo de sua primeira década de existência, ele deixou de ser apenas uma nova invenção técnica para se constituir e afirmar como novo gênero espetacular, autônomo de outras práticas culturais com as quais estabeleceu diferentes formas de associação, entre as quais o teatro. Assim, fica o convite para pensarmos e discutirmos juntos os limites e as potencialidades do fazer histórico quando o interesse da pesquisa são as práticas culturais cotidianas, estabelecidas e transformadas na efemeridade e dinâmica dos espetáculos públicos. A observação da qualidade das relações que o cinema entreteve com o teatro, enquanto espaço físico e práxis espetacular, aparece com um aspecto de um processo maior e mais complexo que diz respeito à afirmação das novas formas de expressão e apropriação visual do mundo num contexto da intensificação da circulação das imagens ao nível do cotidiano.
Alice Dubina Trusz

A pesquisa que deu origem a este texto foi publicada sob o título “Entre lanternas mágicas e cinematógrafos: as origens do espetáculo cinematográfico em Porto Alegre. 1861-1908”. O livro foi lançado em novembro de 2010 como resultado da premiação da tese de doutorado homônima, defendida junto ao PPGHistória da UFRGS e reconhecida pelo MINC/SAV por sua excelência como Pesquisa em Cinema e Audiovisual brasileiros.

Link para o livro: AQUI
Link para a tese: AQUI

Fotos:
1) O Theatro São Pedro , à esquerda, foi o espaço preferido para a realização dos espetáculos públicos de projeções de lanterna mágica entre 1861 e 1896 e, na década seguinte, de projeções cinematográficas. Fotografia, 1881, autor desconhecido, Acervo Fototeca Sioma Breitman/MJJF.

2) Na Exposição Estadual de 1901, promovida pelo Governo do Estado no local atualmente ocupado pelo Campus Central da UFRGS, houve quatro temporadas sucessivas de exibições cinematográficas ao ar livre. Na imagem, vê-se a cabine de projeção e a tela gigante trazida pelo argentino Henrique Sastre, aos fundos da atual Escola de Engenharia. Fotografia, 1901, autor desconhecido, Acervo Fototeca Sioma Breitman/MJJF.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Sessão da Classe apresenta MEMÓRIA DO EFÊMERO e os fios de memória dos artistas e do público

TECENDO OS REIS VAGABUNDOS
COM FIOS DE MEMÓRIAS

de Betha Medeiros

O importante para o autor que rememora, não é o que ele viveu, mas o tecido de sua rememoração, o trabalho de Penélope da reminiscência. Ou seria preferível falar do trabalho de Penélope do esquecimento? Walter Benjamin

Em sua pesquisa Betha Medeiros mergulhou no universo da montagem e das apresentações da peça Os Reis Vagabundos do grupo teatral Tear, de 1982, rememorado pelos participantes da criação bem como pelo seu público. Esta peça é considerada um marco do teatro gaúcho e onde sua encenadora, Maria Helena Lopes, lançou mão de seus principais conceitos de trabalho: jogo dramático, improvisação, técnicas de clown e análise de movimento.

Veja abaixo a edição do artigo da Revista Gambiarra
(a versão completa está acessível aqui)

Escolhi, dentre as várias peças que Maria Helena encenou junto com seu grupo Tear, centrar meu projeto em Os Reis Vagabundos de 1982, cujo tema é o dia-a-dia de um grupo de catadores de lixo e que é considerada, pela própria encenadora, como o trabalho de sua vida, o qual ela levou sete anos gestando até conseguir levá-lo a público.

O que esta peça tinha, afinal, de tão especial que se destacava de todas as outras também fundamentais para o teatro gaúcho? Será que era, mesmo, tão especial assim?
Com esta questão, parti em busca de documentos escritos, fotos, reportagens, memórias em forma de depoimentos e entrevistas para tentar montar um painel, uma “colcha de retalhos” que pudesse ajudar a esclarecer a mim e, posteriormente, aos leitores deste trabalho, o porquê, realmente, de Os Reis Vagabundos serem lembrados até hoje.

Para as entrevistas escolhi seis pessoas que assistiram e que se propuseram a conceder seus depoimentos sobre o que recordavam da peça. Por outro lado, contatei os atores, o cenógrafo, o escriba, os músicos criadores da trilha sonora e a encenadora para me relatarem as suas lembranças sobre a montagem e encenação.

Nesta busca pelas memórias alheias no intuito de preencher o vazio de detalhes das minhas próprias, a cada entrevista, a cada imagem, a cada documento coletado, era como se as peças de um grande quebra-cabeças fossem se encaixando e me permitindo constatar a grandeza não só do resultado – a peça em cartaz – mas do processo como um todo.

Durante a apresentação para a banca de qualificação do mestrado, surgiu a hipótese de que diante da forte emoção sentida na apresentação do clip com algumas fotos e a música, a peça na verdade, não acabara. Pois, depois de todo esse tempo de pesquisas e entrevistas pude constatar que ela está sim, bem viva na memória e na emoção de muitas pessoas, contrariando o conceito de efemeridade da atuação teatral, pois enquanto nossa atenção for despertada por um morador de rua e suas precárias e “criativas” moradias, enquanto nos preocuparmos com o lixo e o descarte,
Os Reis Vagabundos estarão bem vivos em nossa memória e em nosso coração nos emocionando e não nos permitindo acomodações.

Link para a dissertação completa AQUI

Blog construído como auxílio ao processo: Teatro Líquido

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sessão da Classe apresenta MEMÓRIA DO EFÊMERO e o DOCUMENTO EM VÍDEO, por Newton Silva

Teatro em Porto Alegre nos Anos 1980:
Uma história narrada a partir de documentos em vídeo veiculados na TVE/RS

Blackout. As luzes se apagam lentamente. A cena, no palco, desaparece: último ato da peça que termina a temporada para sempre. Na plateia, espectadores gravam na retina o momento que nunca mais se repetirá. Lembrança, memória, registro do irrecuperável. Uma imagem que ficou, ou se foi, no turbilhão de fragmentos do cotidiano.

O Ferreiro e a morte, direção de Camilo de Lélis - foto Cláudio Saldanha















A apresentação teatral, por seu caráter efêmero, constrói uma relação especial com o tempo que é diferente de outras linguagens artísticas, como a literatura, cinema ou artes visuais. Nelas, a existência de um documento (livro, filme, pintura, escultura, etc.) garante ao receptor a possibilidade de ler-reler ou ver-rever o objeto estético. Ainda que o espectador retorne à mesma obra em vários momentos de sua vida e que, modificado como sujeito, tenha outras interpretações e sensações no momento da nova fruição, aquele objeto artístico permanece igual. O que muda são as circunstâncias do ato receptivo. A obra foi realizada no passado pelo artista mas é recebida no presente pelo espectador, fato que configura uma tensão entre o “passado da obra” e o “presente da recepção”.

Nas artes cênicas ou em ações artísticas performáticas, a relação entre obra e espectador acontece de outra maneira. Durante a realização do espetáculo (no momento do acontecimento real – a encenação) reina o tempo presente, o aqui agora. É uma sucessão de imagens, sons e textos enunciados, sem possibilidade de retorno. O tempo da representação teatral e da recepção ocorre, obrigatoriamente, de forma sincrônica por meio de ações feitas e recebidas no presente. O mesmo espectador, caso volte ao teatro em outro dia, para ver a mesma obra, não assistirá ao mesmo espetáculo. Os signos cênicos poderão se repetir em cena mas com variações de intensidade na execução no trabalho do ator, no uso do espaço cênico ou na iluminação. A principal diferença em relação às demais linguagens artísticas está no fato de que a obra nunca será a mesma. Aqui, o processo comunicativo apresenta o embate simultâneo entre o “presente da obra” e o “presente da recepção”. Ao final de cada espetáculo, a obra desaparece para sempre. Restam apenas rastros de seu acontecimento na memória dos espectadores.

Diante destas características do fato teatral, como guardar para a posteridade a cena que não voltará mais? Como concretizar uma cultura imaterial, como as artes cênicas, em documentos e imagens para a história? De que maneira a gravação do espetáculo em vídeo, um dos recursos tecnológicos da contemporaneidade, contribui neste registro da memória?

programa da peça A mãe da miss e o pai do punk
direção de Luiz Arthur Nunes

São perguntas que surgiram a partir da pesquisa de mestrado Palcos da Vida: o vídeo como documento do teatro, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGAC/UFRGS) e defendida em 14 de julho de 2010. O trabalho investiga os processos de produção e de experimentação teatral, em Porto Alegre, nos anos 1980, a partir de registros em vídeo feitos pela TVE/RS. Nos últimos três anos daquela década, a emissora pública de televisão gravou diversos espetáculos teatrais que estavam em cartaz na cidade. Os programas, com o título Palcos da Vida, apresentavam cenas das peças e depoimentos de atores e diretores. A pesquisa lança um olhar sobre aquele momento histórico e, por meio das gravações, ressalta a importância do vídeo como documento do teatro.

Que testemunhos o texto televisivo (entendido como a fusão de imagem, som, linguagem verbal e práticas de montagem) pode fornecer sobre a encenação teatral (o texto espetacular), como evidência dos acontecimentos cênicos? Que aspectos estão envolvidos no encontro entre teatro e televisão? Seria possível reconstituir um painel das artes cênicas, ainda que fragmentado, tendo como base os vídeos realizados e exibidos no Canal 7? E quais são as contribuições e os limites destes documentários como registro do fazer teatral?

Frame da gravação de OSTAL para o programa Palcos da Vida
Montagem do Ói Nóis Aqui Traveiz














A pesquisa enfoca os espetáculos A Mãe da Miss e o Pai do Punk (direção de Luiz Arthur Nunes), A Verdadeira História de Édipo Rei (Grupo Gregos & Troianos), Escondida na Calcinha (direção de Patsy Cecato), Império da Cobiça (Grupo TEAR), O Ferreiro e a Morte (Grupo Teatral Face & Carretos), Ostal (Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz) e Tangos e Tragédias (de Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky). O conjunto traça um painel das artes cênicas do Rio Grande do Sul, constituindo-se em um importante acervo sobre a produção e a encenação teatrais.

Se você quiser acessar a dissertação do Newton Silva, é só clicar AQUI.

E para a programação completa do
Sessão da Classe | MEMÓRIA DO EFÊMERO

É só clicar AQUI para acessar a postagem com toda a programação do dia 16 de junho.

Estréia: PIMENTA DO REINO EM PÓ

de 11 a 26 de junho
Sábados e domingos às 16h
Teatro Renascença

ingressos
R$20,00
(Descontos: 20%para o clube ZH; 10% professores; 50%municipário e acompanhante)














Mergulho em um fantástico mundo do faz-de-conta, no qual crianças de verdade convivem com seres fantásticos e máquinas malucas. Matias, Tiago e Alice, em busca de seu avô, vivem a aventura de suas vidas, deparando-se com temas tais como a amizade, o amor, a curiosidade, a descoberta, a auto-superação e o trabalho em equipe.

Direção Suzi Martinez
Elenco Ariel Santos, Carla Elgert, Elisa Vogel, Rossano Gastaldo, Vitório Beretta, Wagner Wiprich
Músicas e Texto Original Cláudio Levitan
Cenografia Cláudio Benevenga
Gravuras e Efeitos Especiais Zorávia Bettiol
Direção musical e Arranjos Simone Rasslan
Figurinos Cláudio Benevenga
Iluminação Anilton Souza
Divulgação Rogério Beretta
Produção Rossano Gastaldo

Saiba mais:
www.pimentadoreinoempo.com.br

O menino que aprendeu cedo demais

Espetáculo para público infanto-juvenil
11 a 26 de junho | Sábados e domingos às 16h Teatro de Câmara Tulio Piva
Ingresso: R$ 20,00
(descontos de 30% Clube ZH, 50%para idosos e 20% para estudante )


























Ao retornar a casa onde cresceu, um homem volta à infância ao entrar no quarto onde brincava. Mergulhado neste clima saudosista, imagens de momentos vividos ali voltam a sua mente. Ele revive uma história de aventuras e desafios, criando um clima de cumplicidade com a platéia. Espetáculo lírico que trata de memórias e lembranças, amores e desafetos, coragens e medos. É a história de todo aquele que têm algo a contar porque um dia já foi criança.
Ganhou o Prêmio Tibicuera de Melhor Espetáculo e em várias outras categorias, tendo sido indicado para todas as categorias para as quais concorreu.

Texto Miriam Benigna e Pablo Capalonga
Direção Airton de Oliveira
Interpretação Pablo Capalonga
Argumento Pablo Capalonga
Preparação de Ator Miriam Benigna
Trilha Sonora Original Arthur Barbosa
Figurino Claudio Benevenga
Confecção do Figurino Naray Pereira
Cenário Claudio Benevenga e Marcos Buffon
Confecção do Cenário Altair e Jorge Claro
Adereços Airton de Oliveira, Cláudio Benevenga, Marcos Buffon e Pablo Capalonga
Iluminação Nara Lúcia Maia
Vozes em Off Dejayr Ferreira, Luciana Marcon e Mariana Dumcke
Contra-regra e Produção Executiva Maura Sobrosa
Diretor de Produção Airton de Oliveira
Realização Telúrica Produções

Saiba mais:
www.teluricaproducoes.com

Teatro Aberto apresenta NO PALCO RUTH DE SOUZA

de 07 a 28 de junho
Sempre às terças feiras, às 20h
Sala Álvaro Moreyra
Entrada franca
(Senhas 1 hora antes)
Duração 30 min














Memória é o que define este espetáculo: memória da atriz Ruth de Souza, do Teatro Experimental do Negro e das atrizes que trazem à cena momentos importantes da vida desta grande estrela. A cena propõe-se a mostrar um palco onde transita a jovem Ruth, seu sonho de ser atriz e alguns personagens que marcaram sua trajetória no palco. O espetáculo é composto por pequenos quadros, dialogando com projeções de vídeos e gravações em áudio que contribuem com a narrativa. Através destes elementos e de símbolos, mostra-se como Ruth de Souza, uma atriz que representa a memória viva do Teatro Brasileiro, idealizou e consolidou sua carreira, enfrentando barreiras e preconceitos, persistindo no sonho de ser artista, um sonho de menina concretizado na vida, e que hoje serve de inspiração a essas jovens atrizes que interpretam No palco Ruth de Souza.

Elenco Lucila Clemente e Josiane Acosta
Orientação Mirna Spritzer
Vozes em off Luiz Franke e Mirna Spritzer
Iluminação Paulo Rodriguez
Operação de áudio Diego Neimar
Operação de vídeo Vanessa Acosta
Fotos de Elenco Kiran Frederico León

A Caravana da Alegria

Espetáculo para público infanto-juvenil
De 11 de junho a 03 de julho

Sábados e domingos às 16h Sala Álvaro Moreyra
Ingresso: R$ 20,00
(desconto de 50% para estudantes, classe artística e idosos)

Uma trupe de atores mambembes, que cantam e tocam músicas ao vivo, falam das suas aventuras pelo Brasil. O espetáculo faz um passeio lúdico e encantador por um Brasil rico em folclore, lendas e cantigas de roda que até hoje é pouco conhecido pelos próprios brasileiros.





Texto Original
Alex Riegel
Adaptação do Texto Airton de Oliveira e Miriam Benigna
Direção Airton de Oliveira
Elenco Dejayr Ferreira, Jadson Silva, Rodrigo Rocha
Trilha Sonora e Arranjos Arthur Barbosa
Figurino Naray Pereira e Airton de Oliveira
Cenário Marcos Buffon
Confecção do Figurino Naray Pereira
Confecção do Cenário Altair e Jorge Claro
Adereços Airton de Oliveira, Marcos Buffon e Maura Sobrosa
Iluminação Nara Lúcia Maia
Coreografias Saionara Sosa
Produção Executiva Airton de Oliveira e Maura Sobrosa
Realização Telúrica Produções

Mais informações:
www.teluricaproducoes.com

segunda-feira, 6 de junho de 2011

SESSÃO DA CLASSE apresenta MEMÓRIA DO EFÊMERO: A cena na história

16 de junho, às 19h30 Sala Álvaro Moreyra

Como o espetáculo permanece na história? Cinco pesquisadores das Artes Cênicas e da História mostram diferentes formas de reconstituir a memória do efêmero de um espetáculo. Os vestígios na memória dos artistas e dos espectadores, nos registros em vídeo ou ainda relacionados ao espaço no qual ele ocorre.





Palestrantes:
Alice Dubina Trusz
Doutora em História pela PPGH/UFRGS
O papel do teatro na dinâmica da construção social do cinema como espetáculo entre 1896 e 1908

Betha Medeiros
Atriz, Professora e Mestre em Artes Cênicas PPGAC/UFRGS
Tecendo Os reis vagabundos com fios de memória

Cibele Sastre
Bailarina, Coreógrafa, Professora, Mestre em Artes Cênicas PPGAC/UFRGS e Analista de movimento Laban (CMA)
Nada é sempre a mesma coisa

Maria Luiza Martini
Professora Dra do Programa de Pós-Graduação em História/UFRGS
Lugares do ator no espetáculo: memória do efêmero

Newton Pinto da Silva
Jornalista e Mestre em Artes Cênicas PPGAC/UFRGS
Teatro em Porto Alegre nos Anos 1980: uma história narrada a partir de documentos em vídeo veiculados na TVE/RS

Coordenação da mesa: Dra. Nádia Maria Weber Santos
Coordenadora do GT de História Cultural do ANPUHRS, Dra. em História UFRGS e Professora no Mestrado em Memória Social e Bens Culturais UNILASALLE

Realização: SMC/Prefeitura de Porto Alegre e GT de História Cultural – ANPUH/RS

quarta-feira, 1 de junho de 2011

ESTÁ ABERTO: Edital de Ocupação dos Teatros Municipais - 2º semestre de 2011

HOJE abrem as inscrições para o Edital de ocupação dos teatros municipais pro 2º semestre de 2011.

As inscrições ficam abertas até o dia 13 de junho, e os projetos devem ser entregues diretamente na Coordenação de Artes Cênicas – Av. Erico Veríssimo, 307 - de segunda à sexta, das 9h às 11h30 e das 14 às 17h30)

O edital completo está disponível no site da Secretaria Municipal da Cultura. Confira aqui.

CONFIRA AS CATEGORIAS DE INSCRIÇÃO:
• Teatro Adulto – ocupação de temporadas
• Teatro Infantil
• Dança
• Música
Projetos especiais da Secretaria Municipal da Cultura:
• Projeto Novas Caras
• Projeto Teatro Aberto.