terça-feira, 28 de maio de 2013

Teatro Aberto apresenta: O idiota experimental

04, 11, 18 e 25 de junho
Sala Álvaro Moreyra
Terças às 20h
Entrada Franca

O espetáculo conta a história de Maria, focando como tema central da trama o indivíduo puro que imerso numa sociedade corrompida, cruel e desumana, torna-se um inadaptado, sendo rechaçado e marginalizado. A história é narrada por Míchkin, um príncipe russo, que conhece Maria na Suíça, enquanto passava alguns anos internado num sanatório para doentes mentais, submetido ao tratamento de sua epilepsia.
Texto “O Idiota”, cap.6, de Fiódor Dostoiévski
Tradução e adaptação Gutto Basso e Julio Saraiva
Atuação e música Gutto Basso
Direção, Programação Visual e Plástica Julio Saraiva        
Operação de luz e som Fábio Cuelli  e/ou Julio Saraiva


6 comentários:

  1. A impressão que passa é que pessoas com epilepsia são consideradas, pelo teatro, doentes mentais, idiotas, a ponto de ficar "alguns anos" internados em um "Sanatório". E que estão tratando sobre a discriminação que eles sofreriam por uma sociedade desumana. Ou eu entendi mal ou é o teatro que está discriminando pois epilepsia não precisa de internação para tratamento nem em hospital comum, menos ainda em Sanatório e nem os epiléticos são considerados loucos ou idiotas, tanto que no ano passado o 1º colocado em concurso para ingresso na faculdade da UFRGS foi um epilético que também foi aprovado com boa classificação para a Faculdade da ULBRA.
    Não é louco, não é idiota. Simplesmente toma um comprimido por dia há 26 anos para evitar convulsões epiléticas.
    È Funcionário Pùblico concursado e já foi aprovado em 4 concursos Públicos, além de duas Faculdades.

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  2. É apenas uma impressão particularmente sua. O teatro não considera, nem afirma absolutamente nada disso. Aliás, o texto fala o contrário. E no século XIX tinha-se muito pouco entendimento sobre a epilepsia a ponto de internar, para "tratamento" ou só "acompanhamento com medicações que não chegam aos pés do que se usa hoje", num lugar que se chamava asilo, para não chocar a família dos internos, mas tratada como hospício pela sociedade. Todas as espécies de doentes eram mandados para esses lugares, que geralmente eram particulares. E todos eram chamados de Idiotas, independentemente do mal que sofressem. Alguns doentes podiam sair e passear e conviver com as pessoas da localidade... No entanto o local ainda era chamado de hospício.

    Dostoiévski (um escritor que sofria de epilepsia assim como seu personagem) escreveu a obra "O Idiota" no sec XIX é um gênio da história mundial da literatura. Não é a história do príncipe que se fala na peça de teatro. Ele é apenas o narrador. (Na obra completa, que tem esse título, ele é retratado como uma pessoa inteligentíssima e bondosa ao extremo. Ler "O Idiota" de Dostoiesvki nunca será desperdício de tempo de ninguém. E, a peça de teatro é uma forma de reverenciar a obra e o autor. O próprio personagem diz no texto: "Eu não sou um idiota!" e sim, foi mandado para um sanatório onde viveu por quatro anos (este É o personagem - não outro).
    Quanto aos gênios que sofreram de epilepsia, tenho a citar Vincent van Gogh (o qual encenei), que não era apenas pintor mas uma pessoa de extrema inteligência e amante da literatura, Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) e Fiodor Dostoievski. O último e primeiro são para mim exemplos de como o ser humano poderia ser melhor, mais humano e inteligente, apesar de tudo que sofreram em suas respectivas sociedades -aqueles que não os entenderam bem na época.
    Mas... não é da história da epilepsia que se trata a peça... É do coração e alma de uma sociedade, dos excluídos por ela, e o apontamento das crianças como interrupção de um ciclo. É de sentimento e bondade.
    Senhor Anônimo, lhe indico assistir a peça e ver que nenhuma das suas preocupações, a respeito, procede.
    Gutto Basso

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  3. Guto Basso,
    Agradeço a atenção e esclarecimentos e com certeza estarei assistindo a esta peça também.
    Por outro lado, gostaria de esclarecer que só apareci como anônimo porque na caixa abaixo é exigido escolher um ítem, perfil (comentar como:) e simplesmente não consigo acionar nenhuma outra opção. E não é a 1ª vez. Provavelmente seja problema para todas as pessoas que não tem muita habilidade com a informática.
    Um abraço

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    1. Não há problema isso acontece sempre. Eu também apareci como anônimo, por isso tive que assinar abaixo. Espero não ter sido rude contigo. Te espero lá. Um abraço. GBasso

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  4. Precisamos fazer uma CORREÇÃO em nossa ficha técnica.
    Onde lê-se Coreografas,

    LEIA-SE: PREPARAÇÃO FÍSICA: CARLA VENDRAMIN E GISLAINE SACHET


    Peço desculpas por essa informação equívoca.
    Gutto Basso.

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  5. Maravilhoso espetáculo!!! Fala exatamente da exclusão, da falta de bondade ensinada pela sociedade, dos equivocados, da pureza das crianças, da beleza do simples, dos preconceitos, do opressor... Enfim, de tudo que transforma e deforma o ser humano. Parabéns!!!!!!!!!!!!! Débora

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