quinta-feira, 23 de julho de 2009

Conheça os vencedores do 7 Prêmio Carlos Carvalho

1º Lugar: A cidade do circo dos dias iguais, de Tarcízio Dalpra Jr.

É uma fábula sobre a busca pela perfeição. Conta a história de João, um nordestino que decide tentar a vida no sudeste, mas acaba retornando, desiludido, à sua terra natal. Na volta, perde-se e acaba encontrando um velho profeta que lhe apresenta uma cidade mágica, na qual os dias se repetem. Seres bizarros são moradores dessa cidade e artistas do pequeno circo local. Ali também é o lar de Maria Linda, uma bailarina que é a perfeição em pessoa. Começa então um romance entre os dois, observado de perto pelo pai da moça, dono do circo e da cidade. Para ele, nada aquém da perfeição é o bastante para sua filha.

Sobre o autor
Tarcízio Dalpra Jr. nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 5 de setembro de 1979. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atua como jornalista, publicitário e professor universitário. Nas artes cênicas é diretor, ator e dramaturgo da Cia. Teatral Putz!, uma das principais companhias de teatro de Juiz de Fora. Em 2006, Dalpra Jr. começou um trabalho mais sólido de dramaturgia, distanciando-se dos formatos cômicos já experimentados. E com Verdades de papel ficou em terceiro lugar no Grande Prêmio Minas de Dramaturgia. No ano seguinte, a montagem recebeu diversos prêmios, entre eles o de melhor espetáculo de Juiz de Fora em 2007 e melhor texto original. Em 2009, com A cidade do circo dos dias iguais conquistou o primeiro lugar no Grande Prêmio Minas de Dramaturgia e no Concurso Nacional de Dramaturgia – Prêmio Carlos Carvalho. O humor sarcástico e irônico, a mistura entre o real e o absurdo e a constante discussão de questões sociais são características marcantes de sua obra.

2º lugar: Almas de vidro, de Marcos Vigani De Vuono

É uma peça dividida em pequenos monólogos, que contam histórias de sobreviventes da segunda Guerra Mundial. Relatos de como era o dia a dia de um médico de origem judaica dentro de um campo de concentração, do trajeto realizado pelos prisioneiros nos trens de cargas, das atividades do Partido Nazista no Brasil, na década de 30, de como eram as câmaras de gás, da construção do Campo de concentração de Auschwitz, do dia em que o exército aliado libertou os prisioneiros dos campos e a readaptação desses sobreviventes à sociedade. A obra transporta quem a lê para dentro desse acontecimento mundial, com uma veracidade assustadora por sua riqueza de detalhes

Sobre o autor
Marcos Vigani De Vuono nasceu em Campinas, SP, em 27 de agosto de 1980. Formou-se em Artes Cênicas pelo Conservatório Carlos Gomes em Campinas, no ano de 2004. Trabalhou como ator em A Via Sacra, de Henry Geon, Sonho de uma noite de verão, de William Shakespeare, O circulo de giz caucasiano de Bertolt Brecht, Viúva, porém honesta, de Nelson Rodrigues entre outras. Como dramaturgo escreveu seu primeiro texto, Almas de vidro, em 2006 e, desde então, escreveu mais oito textos ainda inéditos e O homem que queria ser um Village People que ficou em cartaz em São Paulo, em 2008, encenado por seu próprio grupo, o Grupo Cão Sem Dono. Almas de vidro foi classificada em 2º lugar no 7º Concurso Nacional de Dramaturgia - Prêmio Carlos Carvalho. Atualmente integra o elenco do grupo Gattu que tem estréia marcada de Dorotéia, de Nelson Rodrigues para o segundo semestre de 2009.

3º lugar: Palavras no chumbo derretido, de Odir Ramos da Costa

A peça traz como tema central a escolha entre o uso da ética ou da antiética. A peça apresenta dois personagens - um velho operário aposentado, linotipista por ofício, e uma bela jovem em ascensão no mundo empresarial – que se confrontam, cada qual com o objetivo de converter o outro à sua ótica ou de atropelá-lo. A partir do choque de interesses entre pessoas de idades, origens e concepções tão distantes, o texto, em tempo real, vai mostrando como, nas relações humanas, sempre será possível buscar convergência, ainda que tudo pareça antagônico.

Sobre o autor
Odir Ramos da Costa nasceu em 03 de abril de 1936, em Rio Bonito, RJ. Além da peça premiada, agora, ele é autor de Sonho de uma noite de velório que recebeu o Prêmio pelo Serviço Nacional de Teatro (1975) e foi publicado pelo MINC; de A Araponga (ou Comitê de Vila Maria) que foi encenado e recebeu Menção honrosa do Serviço Nacional de Teatro (1976); No tempo do Corta-jaca (1977); É duro, irmão (1980); Mate com limão e cicuta (2004); Auto de Natal (1982/1984); além de outras obras publicadas e premiadas. Possui, ainda, atuações como roteirista e ator de cinema. Foi Diretor do Teatro Armando Gonzaga, do Teatro Artur Azevedo, do Teatro Faria Lima e do Projeto Fim de Tarde, todos da FUNARJ. Desde 2007, é Curador do Ponto de Cultura Centro Popular de Conspiração Gargarullo, em Miguel Pereira, RJ.


CERIMÔNIA DE ENTREGA DO PRÊMIO
dia 24 de julho às 21h
TEATRO RENASCENÇA

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