É uma peça dividida em pequenos monólogos, que contam histórias de sobreviventes da segunda Guerra Mundial. Relatos de como era o dia a dia de um médico de origem judaica dentro de um campo de concentração, do trajeto realizado pelos prisioneiros nos trens de cargas, das atividades do Partido Nazista no Brasil, na década de 30, de como eram as câmaras de gás, da construção do Campo de concentração de Auschwitz, do dia em que o exército aliado libertou os prisioneiros dos campos e a readaptação desses sobreviventes à sociedade. A obra transporta quem a lê para dentro desse acontecimento mundial, com uma veracidade assustadora por sua riqueza de detalhes
Marcos Vigani De Vuono nasceu em Campinas, SP, em 27 de agosto de 1980. Formou-se em Artes Cênicas pelo Conservatório Carlos Gomes em Campinas, no ano de 2004. Trabalhou como ator em A Via Sacra, de Henry Geon, Sonho de uma noite de verão, de William Shakespeare, O circulo de giz caucasiano de Bertolt Brecht, Viúva, porém honesta, de Nelson Rodrigues entre outras. Como dramaturgo escreveu seu primeiro texto, Almas de vidro, em 2006 e, desde então, escreveu mais oito textos ainda inéditos e O homem que queria ser um Village People que ficou em cartaz em São Paulo, em 2008, encenado por seu próprio grupo, o Grupo Cão Sem Dono. Almas de vidro foi classificada em 2º lugar no 7º Concurso Nacional de Dramaturgia - Prêmio Carlos Carvalho. Atualmente integra o elenco do grupo Gattu que tem estréia marcada de Dorotéia, de Nelson Rodrigues para o segundo semestre de 2009.
3º lugar: Palavras no chumbo derretido, de Odir Ramos da Costa
A peça traz como tema central a escolha entre o uso da ética ou da antiética. A peça apresenta dois personagens - um velho operário aposentado, linotipista por ofício, e uma bela jovem em ascensão no mundo empresarial – que se confrontam, cada qual com o objetivo de converter o outro à sua ótica ou de atropelá-lo. A partir do choque de interesses entre pessoas de idades, origens e concepções tão distantes, o texto, em tempo real, vai mostrando como, nas relações humanas, sempre será possível buscar convergência, ainda que tudo pareça antagônico.
Odir Ramos da Costa nasceu em 03 de abril de 1936, em Rio Bonito, RJ. Além da peça premiada, agora, ele é autor de Sonho de uma noite de velório que recebeu o Prêmio pelo Serviço Nacional de Teatro (1975) e foi publicado pelo MINC; de A Araponga (ou Comitê de Vila Maria) que foi encenado e recebeu Menção honrosa do Serviço Nacional de Teatro (1976); No tempo do Corta-jaca (1977); É duro, irmão (1980); Mate com limão e cicuta (2004); Auto de Natal (1982/1984); além de outras obras publicadas e premiadas. Possui, ainda, atuações como roteirista e ator de cinema. Foi Diretor do Teatro Armando Gonzaga, do Teatro Artur Azevedo, do Teatro Faria Lima e do Projeto Fim de Tarde, todos da FUNARJ. Desde 2007, é Curador do Ponto de Cultura Centro Popular de Conspiração Gargarullo, em Miguel Pereira, RJ.
CERIMÔNIA DE ENTREGA DO PRÊMIO
dia 24 de julho às 21h